fechar menu

Centerluz Iluminação

menu + busca

GRID no Luminale

29 de dezembro de 2016

Durante o mesmo período de realização da feira Light + Building em Frankfurt, a cidade e a sua visinha, Offenbach, são invadidas pelo Luminale quando escurece. O festival, iniciado em 2002 em sua oitava edição no ano de 2013, contou este ano com cerca de 200 intervenções, que foram de instalações de iluminação a palestras e simpósios.

O evento é uma oportunidades tanto para artistas, designers, arquitetos etc., que podem mostrar seu talento, quanto para os expositores da feira -, patrocinadores dos eventos -, que apresentam seus produtos aplicados. Esse encontro proporciona um grande espetáculo para os visitantes, que podem apreciar intervenções internas e também nas fachadas de prédios de arquitetura histórica, em parques, igrejas e teatros, incentivando um novo olhar e promovendo uma aproximação maior deles com a cidade.

O ônibus da Luminare seguia a rota de parada das diversas atrações, além de ir e voltar a Offenbach. Também era possível consultar um guia impresso ou on-line e um mapa interativo com detalhes de todas as instalações.

Nessa edição, um dos destaques foi a instalação do GRID (Malha), do artista visual Christopher Bauder e do músico e compositor Robert Henke, no Teatro Mounsonturm, em Frankfurt.

A obra apresentada no Luminale é uma versão um pouco menor das instalações anteriormente apresentadas na Fête des Lumières em Lyon, França, no Hôtel de Région, e na inauguração do novo edifício da Feira de Basel, com arquitetura de Herzog & de Meuron.

A instalação GRID é composta de 32 triângulos de tubos LED RGB (em Lyon foram 50 e em Basel, 40), sempre com 1,80 m de lado, os quais ficam suspensos, pairando acima dos espectadores, sem que sejam percebidos até o momento em que o espetáculo inicia.

No início da performance, cada som disparava uma reação do elemento cinético-visual e música, luz e movimento começavam a compor a dança do GRID. O ritmo da música ditava o ritmo da luz, o movimento da malha, a forma de acendimento – rápido, lento, dimerizado, pulsante, piscante – e também a variação de cor. Dessa forma, ficávamos hiptonizados, seguindo a movimentação dessa malha que parecia ganhar vida.

Apesar de parecer leve e fluida, a instalação é bastante pesada, complexa e técnica: desde os tubos difusos de LED que compõem os triângulos, passando pelo sistema de suspensão e movimentação motorizada, até chegar aos dois computadores interligados com softwares específicos para controlar as interações, gerando movimentos no espaço em tempo real.

O som lidera e desencadeia as variações dos elementos visuais peli software, fazendo com que cada apresentação seja única, pois as combinações audiovisuais são criadas no local. Além disso, a trilha sonora é crucial para criar o clima, para a sensação de que a instalação respira, reage, sente.

O GRID parece estar vivo, movendo-se e comunicando-se, mas é fruto de tecnologia de ponta em funcionamento. A instalação fala conosco, como se fosse um ser natural, orgânico, que se materializou no espaço físico, como a mágica, em comunicação direta com nossas emoções.

É muito difícil descrever um espetáculo tão abrangente em relação aos estímulos enviados a nossos sentidos utilizando somente o texto. Por isso, quem quiser ter suas próprias impressões pode assistir ao vídeo gravado pela Tetro, disponível no Vimeo (vimeo.com/82903571). E, é claro, fique atento às edições futuras. (Por Lit Arquitetura de Iluminação)

Fonte: Revista L+D

Outras Notícias